![Cena do filme Pearl](https://uploads-observatoriodocinema.seox.com.br/2025/01/Cena-do-filme-Pearl-1024x576.jpg)
O termo terror da A24 tem ganhado cada vez mais força, tornando-se quase um subgênero dentro do próprio universo do terror. O estúdio, amplamente aclamado por cinéfilos, tem se destacado por sua habilidade única de mesclar o horror com outros gêneros, o que tem atraído novos fãs para um dos estilos mais antigos e enraizados da história do cinema.
Com cerca de 25 filmes lançados que podem ser classificados como terror ou que incorporam elementos do gênero, a A24 tem se consolidado como uma referência nesse campo. Exemplos disso incluem High Life, de Claire Denis, que mistura ficção científica e horror ao narrar a história de criminosos que trocam penas de prisão por uma expedição no espaço em busca de energia. Já Clímax, de Gaspar Noé, inova ao fundir o musical com uma narrativa infernal, marcada por paranoia e delírios.
Além dessas obras, outros filmes do estúdio também merecem destaque. Midsommar: O Mal Não Espera a Noite, de Ari Aster, oferece uma abordagem perturbadora ao horror solar; Lamb, de Valdimar Jóhannsson, se destaca por seu estranho e surreal enredo; X – Marca da Morte, de Ti West, se destaca pelo suspense e tensão psicológica; e o drama gótico The Eternal Daughter, estrelado por Tilda Swinton, que, embora não seja explicitamente terror, carrega um forte elemento de mistério e desconforto psicológico.
Com sua capacidade de inovar e redefinir os limites do gênero, a A24 continua a ser uma força vital na indústria cinematográfica, atraindo tanto entusiastas do terror quanto aqueles que buscam algo novo e desafiador.
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Sala Verde
Em Sala Verde, uma jovem banda de punk se vê em uma situação inimaginável ao conseguir uma oportunidade de tocar em um bar isolado no Oregon. O que inicialmente parecia uma chance de ganhar algum dinheiro se transforma rapidamente em um pesadelo quando a banda descobre que o bar é, na verdade, um reduto de uma gangue de nazistas. A tensão atinge seu ápice quando eles testemunham um assassinato brutal.
Com uma narrativa tensa, violenta e repleta de sangue, Sala Verde é um filme que, apesar de ter pouco mais de 90 minutos, consegue fazer valer cada segundo de sua trama. A cereja do bolo é a atuação de Patrick Stewart, que interpreta o líder da gangue, trazendo um contraste inquietante ao seu histórico de papéis como o Professor Xavier (X-Men) e Capitão Picard (Star Trek), mostrando sua versatilidade como ator. Onde ver: Prime Video.
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O Farol
Seguindo uma colaboração de sucesso com a A24, O Farol se destaca como a melhor obra de Robert Eggers até o momento. Embora todos aguardem com expectativa sua versão de Nosferatu, a tarefa de superar este conto fantástico e bizarro, estrelado por Robert Pattinson e Willem Dafoe, será uma missão desafiadora.
Utilizando elementos do teatro de fantasmagoria, Eggers demonstra um domínio impressionante da fotografia em preto e branco, criando um contraste de luz e sombra que intensifica a atmosfera de suspense e claustrofobia. A história segue dois faroleiros que ficam presos em uma ilha por um período muito além do planejado. À medida que o tempo se arrasta, paranoia e alucinações tomam conta, e a presença de sereias, gaivotas com personalidades próprias e o incomparável sotaque de Willem Dafoe adicionam um toque de surrealismo. O novato Ephraim, interpretado por Pattinson, é atormentado por essas forças, e nós, espectadores, somos igualmente consumidos pela tensão crescente. Onde ver: Prime Video.
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Hereditário
Considerado por muitos o terror mais aclamado dos últimos anos, Hereditário figura, inclusive, entre os favoritos em listas de filmes para as premiações daquele ano. Dirigido por Ari Aster, o longa se destaca como sua obra-prima, uma narrativa sombria e perturbadora sobre uma família que, após a morte da avó, se vê mergulhada em um abismo de mistérios e horrores inexplicáveis.
A performance de Toni Collette é simplesmente brilhante, capturando a dor e o desespero de sua personagem de maneira profunda e angustiante. Já Milly Shapiro, que interpreta Charlie, entrega uma das performances mais icônicas do gênero de horror moderno. Quem já assistiu ao filme sabe exatamente a que cena estamos nos referindo: aquela sequência com Charlie é, sem dúvida, uma das mais impactantes e de tirar o sono que o cinema de terror tem a oferecer. Onde ver: Max.
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O Sacrifício do Cervo Sagrado
Antes de conquistar os tapetes vermelhos do Oscar com A Favorita e Pobres Criaturas, Yorgos Lanthimos já havia impressionado o público com suas produções de impacto, como Dente Canino e O Lagosta. Em O Sacrifício do Cervo Sagrado, o diretor retorna a seu território de estranheza, onde os personagens e as situações em que são colocados desafiam as convenções e incomodam o espectador.
No filme, Colin Farrell interpreta um cirurgião renomado que, ao questionar sua “boa vida”, decide acolher um jovem órfão em sua casa. O que se segue é um turbilhão de caos e desintegração familiar. Barry Keoghan, que impressionou em Saltburn, aqui oferece uma performance ainda mais perturbadora, ampliando sua capacidade de desconcertar o público. O Sacrifício do Cervo Sagrado mistura habilidosamente suspense e terror psicológico, com a idiossincrasia única que caracteriza a obra de Lanthimos. Onde ver: Max.
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Pearl
Pearl, prequel de X – A Marca da Morte, consegue superar o filme original em diversos aspectos. O grande destaque da produção é o desenvolvimento da personagem de Mia Goth, cujas nuances tornam a história ainda mais envolvente. O relacionamento conturbado com a mãe, a fascinação pelo cinema e pelo projetista (interpretado por David Corenswet, o futuro Superman) e, claro, a busca incessante pela fama, são elementos que alimentam o enredo.
Goth, em colaboração com o diretor Ti West, refinam as qualidades que já tornaram X um sucesso, colocando Pearl entre as personagens mais marcantes do cenário contemporâneo do terror. A atuação de Goth e a direção de West criam uma atmosfera única, e é impossível não ficar hipnotizado pelo macabro sorriso de Pearl no final da história, um momento que captura perfeitamente a essência perturbadora da personagem. Onde ver: Prime Video.
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Morte Morte Morte
Mortes Mortes Mortes é um dos melhores exemplos de como a A24 investe em projetos que mesclam gêneros de forma criativa. A comédia, que traz elementos de slasher e whodunit, apresenta um grupo de jovens que se vêem presos em uma mansão durante um furacão, após decidirem organizar uma festa. Quando uma brincadeira sai do controle, os verdadeiros comportamentos de cada um começam a emergir, revelando facetas inesperadas de suas personalidades.
O filme se destaca como um excelente exercício sobre o comportamento da geração atual, tanto no mundo virtual quanto no real, e, além de tudo, é extremamente divertido. O desfecho é absolutamente memorável, proporcionando um final que é tanto inesperado quanto impagável, deixando o público com uma sensação de satisfação e surpresa. Onde ver: Prime Video.
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Saint Maud
Após receber uma série de elogios em 2024 por Love Lies Bleeding – O Amor Sangra, Rose Glass já havia impressionado com seu primeiro longa, Saint Maud. O filme acompanha Maud, uma enfermeira com um passado conturbado, que começa a cuidar pessoalmente de uma famosa dançarina diagnosticada com câncer. À medida que a relação entre as duas se desenvolve, ela se torna cada vez mais obsessiva, guiada pela aparentemente inabalável fé de Maud.
Morfydd Clark, a Galadriel de Anéis do Poder, entrega uma performance excepcional, capturando a complexidade e a tensão de sua personagem. Saint Maud é um terror psicológico que explora questões de religião e devoção, com um toque de gótico sutil, mas impactante. A cena final, sem dúvida, ficará gravada na memória do espectador por um bom tempo, encerrando o filme com uma intensidade que ressoa muito depois dos créditos. Onde ver: Prime Video.
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Fale Comigo
Fale Comigo, um dos maiores fenômenos do terror em 2023, traz à tona os medos mais profundos da infância, elementos essenciais para um bom filme de terror. Desde a brincadeira perigosa com os amigos até o bullying por se sentir excluído, passando pela perda de um ente querido, o filme explora os traumas que todos nós enfrentamos em algum momento da vida. Esses medos são intensificados por uma estátua de mão que, ao ser tocada, permite uma conexão com o além.
Como era de se esperar, as consequências não são nada boas. Quando o momento da conexão chega, os diretores Danny e Michael Philippou, do duo de youtubers RackaRacka, demonstram uma compreensão profunda do gênero. Violento, gore e com uma protagonista fascinante, Fale Comigo se posiciona como uma forte candidata a se tornar uma franquia de sucesso dentro do catálogo da A24. Onde ver: Prime Video.
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