
O fim de Stranger Things está próximo, e com ele se encerra uma era da cultura pop dominada por personagens icônicos como Eleven. Mas antes mesmo da batalha final contra Vecna, uma nova série de Stephen King já está chamando atenção por apresentar alguém que parece feito sob medida para ocupar esse vazio. Estou falando de O Instituto, adaptação do livro lançado por King em 2019, que pode apresentar ao público o sucessor espiritual da poderosa jovem de Hawkins. Mas será que Luke Ellis está pronto para esse desafio?
A nova série promete resgatar o clima sombrio e o mistério envolvente que consagrou Stranger Things, ao mesmo tempo em que nos apresenta uma trama com ecos familiares, crianças com poderes, organizações sinistras e uma luta desesperada pela liberdade. E o mais curioso? A semelhança entre Luke e Eleven não é coincidência. Prepare-se para entender por que O Instituto pode ser a próxima obsessão dos fãs de sci-fi e terror.

O Instituto apresenta um novo protagonista que lembra (e muito) eleven
Luke Ellis, protagonista da série O Instituto, é um adolescente com habilidades telecinéticas que acorda misteriosamente em uma instalação chamada Instituto. Cercado por outras crianças com dons sobrenaturais, ele se vê prisioneiro de uma organização que parece tão obscura quanto os laboratórios de Hawkins. Ainda que as comparações com Eleven sejam inevitáveis, Luke parece trazer uma nova camada à ideia do “herói mirim” com poderes.
Enquanto Eleven foi sequestrada ainda bebê e criada para ser uma arma, Luke é um garoto brilhante arrancado de sua casa sem explicação. Ainda assim, ambos compartilham o mesmo sentimento de isolamento, medo e, principalmente, a determinação de lutar contra aqueles que os oprimem. A jornada de Luke parece seguir um caminho semelhante, mas com nuances próprias, o que torna a experiência promissora, e não apenas uma repetição do sucesso da Netflix.

A fórmula de Stranger Things não foi esquecida por Stephen king
Stephen King não é estranho ao universo de crianças com dons especiais em cenários opressivos. Desde Carrie até It: A Coisa, o autor domina a arte de colocar jovens em meio a forças poderosas e ameaçadoras. Com O Instituto, essa tradição continua, e a estrutura narrativa é assustadoramente familiar para quem acompanhou as aventuras de Eleven e seus amigos em Hawkins.
A série adapta fielmente o clima do livro: o Instituto é uma prisão que finge ser escola, repleta de testes cruéis, segredos escondidos e adultos sinistros. Tudo isso emoldurado por uma atmosfera de tensão crescente, onde cada nova revelação aprofunda ainda mais o mistério. O resultado é uma experiência que conversa diretamente com o que Stranger Things oferece, mas com o selo sombrio e inconfundível de Stephen King.

Tim Jamieson e Ms. Sigby ecoam Hopper e dr. Brenner
Os paralelos com Stranger Things não se limitam ao protagonista. Dois personagens centrais de O Instituto remetem diretamente a figuras importantes da série da Netflix. Ms. Sigby, por exemplo, é a diretora do Instituto e antagonista declarada de Luke, em um papel que lembra o controverso Dr. Brenner. Ambos exercem poder absoluto sobre os jovens prisioneiros e encarnam a face fria da ciência sem limites.
Já Tim Jamieson, ex-policial que começa a investigar o local, funciona quase como um espelho de Jim Hopper. Ambos são figuras adultas que passam a se importar genuinamente com as crianças, e ao longo da trama, se tornam peças-chave na tentativa de libertação dos protagonistas. A relação entre Luke e Tim promete carregar o peso emocional da série, assim como aconteceu com a dinâmica entre Eleven e Hopper.

O Instituto pode preencher o vazio deixado por Stranger Things
Stranger Things não foi apenas um sucesso de público. A série redefiniu o modo como histórias de ficção científica e horror são contadas na televisão, especialmente ao apresentar crianças como protagonistas em tramas complexas e emocionalmente densas. E é justamente esse modelo que O Instituto parece seguir.
Com a última temporada de Stranger Things prestes a encerrar a jornada de Eleven, há um espaço emocional e narrativo aberto na cultura pop. E se tem alguém capaz de preencher esse vazio, é Stephen King, mestre em criar mundos assustadores com crianças corajosas no centro da história. O Instituto promete não apenas entreter, mas talvez até renovar o fascínio que Stranger Things despertou ao longo dos anos.

Um novo tipo de horror, mas com a mesma essência
Apesar das semelhanças, O Instituto carrega uma identidade própria. O horror aqui é mais psicológico, mais silencioso. Não há demogorgons nem portais para outra dimensão, mas há o medo real de ser apagado do mundo, de perder a própria identidade em nome de um experimento que você sequer entende. Esse terror mais contido pode, inclusive, se mostrar mais eficaz do que as explosões e monstros.
Luke representa uma geração de protagonistas que vai além da ação. Ele sente, sofre, pensa, e age com inteligência. O Instituto, por sua vez, é o símbolo perfeito do controle institucional que suga tudo o que é humano em nome de poder. Essa combinação de narrativa emocional e crítica social é exatamente o que tornou Stranger Things tão relevante. E talvez, com um toque ainda mais maduro, é isso que O Instituto traga para a mesa.
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