Nova série de ficção científica da Netflix vai rivalizar com 2ª temporada de The Last of Us

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O Eternauta
O Eternauta

O gênero pós-apocalíptico sempre foi um dos favoritos do público. Seja em filmes, jogos ou séries, a premissa sempre chamou atenção. Agora, uma nova produção da Netflix promete fazer jus a esse universo, trazendo uma narrativa sombria que deve atrair quem acompanha séries como The Last of Us.

Com estreia marcada para o dia 30 de abril, a série O Eternauta (The Eternaut) chega com a responsabilidade de adaptar uma das obras mais icônicas dos quadrinhos argentinos. Criada a partir do material de Héctor Germán Oesterheld, a trama mistura ficção científica e suspense, em um formato que remete ao que vimos no sucesso da HBO.

Assim como em The Last of Us, a nova produção acompanha um grupo de sobreviventes diante de uma realidade devastadora. No caso de O Eternauta, a ameaça surge em forma de uma invasão alienígena, que traz uma nevasca tóxica, dizimando boa parte da população e deixando os sobreviventes em um constante estado de alerta.

Uma visão parecida

Apesar de os cenários serem distintos, as duas séries compartilham uma atmosfera semelhante. Em O Eternauta, a luta pela sobrevivência é acompanhada do clássico dilema moral: até onde vale a ir pela própria sobrevivência?

Essa questão também é um dos pilares de The Last of Us – tanto a série quanto o jogo –, que mostra como o perigo não está apenas nas criaturas infectadas, mas nas escolhas que os humanos fazem diante do caos.

A presença dos alienígenas, embora importante, não é o centro da narrativa. Assim como em TLOU, onde os zumbis funcionam mais como gatilhos para os conflitos humanos, aqui o elemento sobrenatural serve para explorar as tensões, traições e alianças que emergem em meio à catástrofe.

Raízes históricas e contexto político

Ao contrário de The Last of Us, que nasceu de uma franquia de videogames lançada em 2013, O Eternauta tem origens nos anos 1950, com forte inspiração política. Seu criador, Oesterheld, chegou a se envolver com movimentos revolucionários e foi perseguido durante a ditadura militar na Argentina, o que adiciona camadas históricas relevantes à obra.

A adaptação para a Netflix demorou a sair do papel. Várias tentativas foram feitas ao longo dos anos, mas apenas agora, sob a direção de Bruno Stagnaro, a série ganhou forma definitiva. A proposta é preservar a essência da obra original, ao mesmo tempo em que moderniza os elementos visuais e narrativos para dialogar com o público atual.

Com uma produção robusta e cuidadosa, O Eternauta aposta na força do drama humano para se destacar. Ainda que menos conhecida fora da Argentina, a obra tem potencial para repetir o feito de outras séries internacionais que alcançaram audiências globais.

Aposta da Netflix para conquistar espaço

A escolha da Netflix de lançar a série pouco tempo depois da estreia da segunda temporada de The Last of Us também não parece ser coincidência. A plataforma busca consolidar seu catálogo com conteúdos que dialoguem com grandes sucessos de outras emissoras e atraiam um público já fidelizado a esse tipo de narrativa.

O Eternauta pode não ter o mesmo reconhecimento imediato, mas a força de sua história e o crescente interesse por produções fora do eixo norte-americano jogam a favor.

Ainda é cedo para saber se a série terá grande impacto cultural, mas é certo que a disputa pelo interesse do público está mais acirrada.

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