Guerreiras do K-Pop: Explicamos o final do filme da Netflix

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A Netflix estreou ontem (20) em seu catálogo sua mais nova animação, Guerreiras do K-Pop. A história acompanha um trio de superestrelas, Rumi, Mira e Zoey, que formam o grupo de K-pop Huntrix e são secretamente caçadores de demônios que protegem seus fãs de ameaças sobrenaturais. Seu objetivo final é a conclusão do Honmoon, uma barreira mágica que as protege do Rei Demônio Gwi-Ma.

No entanto, tudo vai por água abaixo quando elas descobrem que Rumi é parte demônio quando ela começa a perder a voz antes da apresentação ao vivo. Enquanto isso, sem saber como derrotar as Huntrix, Gwi-Ma decide usar Jinu, sugerindo a ele de usar suas habilidades musicais para criar uma boy band rival de demônios disfarçados, chamada Saja Boys, que logo se torna a principal concorrente das Huntrix. Durante um de seus confrontos, Jinu descobre a verdade sobre Rumi e os dois se unem. Rumi o incentiva a se rebelar contra seu reino e ajudá-la a vencer o Idol Awards, o que, por sua vez, derrotaria Gwi-Ma e libertaria todos os demônios de seu controle.

Contudo, Jinu não pode atender ao pedido de Rumi pois está sendo ameaçado pelo Rei Demônio, que conhece o passado do musicista. Com a chegada do Idol Awards, Huntrix tem uma apresentação impressionante, que conta com um solo de Rumi. Quando seus parceiros são trocados por imitadores de demônios, Zoey e Mira rompem laços com a protagonista e Rumi, com seu corpo quase se convertendo a de um demônio, parte em busca de respostas, determinada a impedir que o mal domine o mundo.

O final de Guerreiras do K-Pop: Como Rumi derrota o Rei Demônio? As caçadoras se reconciliam?

As Huntrix anunciam sua separação pública, resultando na desintegração do Honmoon. Os Saja Boys aproveitam essa oportunidade para convidar seus fãs para a Torre Namsen à meia-noite, prometendo um show especial. No entanto, o verdadeiro objetivo deles é atrair as almas e alimentá-las com Gwi-Ma, devolvendo-o à sua verdadeira glória. Zoey, Mira e toda a multidão acabam se tornando vítimas dessa tática do Rei Demônio que busca atacar suas inseguranças, mas Rumi consegue derrotá-lo ao criar um novo Honmoon, ou seja, uma nova barreira de proteção.

Assim, Zoey e Mira se libertam do controle mental e acabam se juntando a ela na apresentação. Gwi-Ma tenta reunir um exército para deter a rebelião, mas a união das Huntrix supera seus poderes. Ele quase consegue dominá-las, mas graças ao corajoso sacrifício de Jinu, isso dá a Rumi o impulso necessário para cortar o corpo do rei demônio. Com isso, várias almas são libertadas.

Portanto, é a canção de Rumi que os torna conscientes do verdadeiro valor de uma pessoa, que vai além da aparência e depende mais do conteúdo de seus corações. Juntamente com Zoey e Mira, ela cobre toda a cidade com a barreira de proteção e a livra do mal. As cenas finais mostram as Huntrix voando alto no céu e reconciliando suas diferenças.

Por que Jinu se sacrifica?

O sucesso das Huntrix seria impossível sem o sacrifício silencioso de Jinu, que arriscou tudo para protegê-la. Após se submeter ao rei demônio, ele arquitetou um plano complexo para destruir os caçadores de demônios, recorrendo à mesma melodia que um dia tentou silenciar — uma tentativa de unir humanos e demônios através da arte. Sem perceber, Jinu se tornava cada vez mais prisioneiro de Gwi-Ma, que alimentava-se da culpa que o consumia. Quando finalmente entende o quanto havia se perdido, Jinu decide se rebelar, colocando sua alma em risco por uma causa nobre, para que ninguém mais precise experimentar o sofrimento que destruiu sua família.

A trajetória de Jinu está enraizada em seu passado humano, quando a miséria o levou a aceitar um pacto com Gwi-Ma em troca de fama e fortuna como músico da corte. No entanto, o preço foi alto: renunciar à própria família e mergulhar numa vida de egoísmo. A culpa por essa escolha o persegue até o inferno, onde, mesmo escravizado, mantém sua voz — seu último vínculo com a humanidade. Lá, ele acredita merecer punição eterna, tentando apagar as lembranças do passado como forma de escapar da dor.

Sua conexão com Rumi, porém, reacende uma chama esquecida. Ela enxerga além dos erros dele, e a afinidade pela música e o fato de ter sido o primeiro a descobrir o segredo dela fortalece o laço entre os dois. Inspirado por ela, Jinu encontra forças para mudar. Em seus últimos momentos, ele expressa gratidão por ter sido aceito, e sua alma encontra liberdade. A presença sutil dele na música de Rumi sugere que, de algum modo, ele continua vivo — ressoando através das notas que um dia os uniram.

Como Rumi aceita sua condição demoníaca?

Inicialmente, Rumi tenta esconder sua condição demoníaca, mas alterações em suas feições, marcas corporais e voz a entregam. Quanto mais ela tenta escondê-las, maior se torna o abismo entre ela e seus aliados, eventualmente afetando sua música e relacionamento. Mas no final, Rumi consegue conviver com seu outro lado pacificamente, vencendo a batalha interna contra o Rei Demônio. Essa superação de Rumi é simbolizada pelas marcas em seu rosto, que antes sua aparência estava escura, mas agora assume uma cor mais brilhante. Ela finalmente não tem vergonha de mostrar suas cicatrizes ao mundo.

Rumi demonstra um nível maior de sensibilidade em relação aos seus inimigos. Desde mais nova, foi ensinada por Celine, a caçadora da geração anterior, que demônios eram sinônimo de algo maligno, desprovidos de emoção. Mas quando Rumi encontra Jinu, ela percebe que a história que foi contada a ela não é bem assim.

Quando seu lado demoníaco vem à tona, Rumi se dirige diretamente a Celine, desafiando-a com intensidade sobre suas crenças e atitudes. Em um momento de dor profunda, ela desabafa, afirmando que tudo poderia ter seguido outro rumo se tivesse sido aceita e amada por quem realmente é, em sua totalidade. Para Rumi, a indiferença dos Caçadores de Demônios em relação à sua dor é simbolizada pelo próprio Mantra que seguem — um código que exige anular a identidade e os conflitos internos em nome de um suposto bem maior.

Cansada de viver sob essas regras opressoras, Rumi se volta contra o sistema ao qual um dia pertenceu. Em um gesto de afirmação e ruptura, ela decide abandonar seu Honmoon, rejeitando não apenas a doutrina que a moldou, mas também a negação de sua verdadeira essência. Essa decisão marca um ponto de virada, onde ela escolhe a autenticidade, mesmo que isso signifique enfrentar o mundo sozinha.

Com o tempo, as companheiras de Rumi também passam a incorporar esses ideais. Mira, antes presa ao desejo de agradar os outros e temerosa de ser rejeitada por suas ideias excêntricas, escolhe, enfim, viver com liberdade, celebrando abertamente seu talento criativo. Já Zoey, marcada por uma dureza que a fazia duvidar de seu valor nas relações humanas, descobre que pode cultivar respeito próprio sem abrir mão de quem é.

Com o grupo unido por essa nova mentalidade, Huntrix volta seu foco para quem mais importa: os fãs. A força do novo Honmoon não vem de normas rígidas, mas da conexão genuína entre música e público. Juntas, Rumi, Mira e Zoey seguem espalhando positividade, usando sua arte como uma forma de transformar o mundo ao seu redor.

Guerreiras do K-Pop está disponível na Netflix.

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