Em um cenário global em constante transformação, com o avanço das redes sociais, do ativismo digital e a redefinição dos padrões de beleza, a relevância dos concursos de miss pode ser questionada. No entanto, para Evandro Hazzy, diretor e idealizador do Miss Grand Brasil, esses eventos não só permanecem pertinentes, mas se mostram mais necessários e transformadores do que nunca.
Hazzy, que lidera o Miss Grand Brasil — cuja final ocorrerá em 6 de julho de 2025, em São Paulo —, enfatiza que a beleza é apenas o ponto de partida. “O que buscamos são vozes com força, presença digital, sensibilidade social e capacidade de inspirar”, afirma. A edição deste ano promete ser um verdadeiro espetáculo multimídia, com provas de talento, performances artísticas e um discurso alinhado às pautas contemporâneas.
Um Compromisso com a Relevância Social
Com o lema global “Stop the War and Violence”, o Miss Grand Brasil se destaca como um dos concursos mais engajados do país. Sob a liderança de Hazzy, o evento tem focado em evidenciar a pluralidade, a inteligência e a força das mulheres brasileiras. “O Brasil tem uma história fortíssima no mundo miss. Cada coroa representa mais do que beleza: é uma construção simbólica da nossa identidade cultural”, explica o diretor, acrescentando que o Miss Grand “traduz essa nova fase: comprometida, conectada, transformadora”.
A Nova Rainha da Beleza: Multifacetada e Engajada
Com um investimento que ultrapassa R$ 1 milhão, a edição de 2025 será transmitida por diversas plataformas, da televisão às redes sociais, refletindo a nova dinâmica do setor. Segundo Hazzy, a figura da miss tradicional evoluiu para uma mulher multifacetada, com habilidades que vão do engajamento online ao discurso institucional. “Hoje buscamos mulheres que saibam transitar do TikTok a uma reunião com autoridades. A nova rainha da beleza precisa ser ao mesmo tempo carismática, inteligente, articulada e digitalmente ativa”, resume.
Concursos como Plataformas de Impacto
Essa transformação vai além da estética, assumindo um significado simbólico. Para Evandro Hazzy, os concursos de beleza se tornaram plataformas de impacto. “É uma vitrine estratégica para talento e propósito. Um palco onde se discutem questões de violência, saúde mental, diversidade e direitos das mulheres, por meio da imagem e da voz de quem representa o país”, pontua.
A expectativa para a final do Miss Grand Brasil 2025 é alta. Mais do que um título, o evento promete emocionar e provocar reflexões. “Será um verdadeiro show de emoções. Vamos apresentar ao Brasil e ao mundo candidatas que representam a diversidade, a inteligência e a potência de um país que sabe se reinventar sem perder a sua essência”, conclui Hazzy.
Em um mundo onde a influência se mede cada vez mais pelo impacto e menos pela aparência, os concursos de beleza — ao menos os que se reinventam — continuam fazendo, sim, muito sentido.