Capa: Duda Ruas revela detalhes sobre o single “Vem Cá Dançar”

Redação SP
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Duda Ruas está de volta com um lançamento poderoso e repleto de significado. “Vem Cá Dançar” não é apenas mais uma canção pop — é um verdadeiro chamado à liberdade, à autenticidade e à força feminina. Com referências excepcionais, estética provocadora e uma sonoridade marcante, o novo single da artista une camadas densas de narrativa com uma batida que encanta e cutuca ao mesmo tempo.

Em entrevista, Duda fala sobre o processo criativo por trás da música, a simbologia das bruxas como resistência histórica, o visual pensado para causar impacto e as influências que ajudaram a moldar esse universo encantado e provocador. Ela também reflete sobre os desafios de ser mulher no cenário musical e dá pistas sobre o que esperar dos próximos passos de sua carreira em 2025 — incluindo um EP cheio de emoções.

Confira agora a entrevista completa: 

Seu novo single, Vem Cá Dançar, carrega uma mensagem forte de empoderamento feminino. Como surgiu a ideia de abordar esse tema na música?

A música nasceu do desejo de transformar um incômodo em arte. Sempre me chamou atenção como mulheres autênticas, livres e confiantes ainda assustam tanta gente. Como a música foi criada para minha participação em um festival, quis trazer essa pauta para a mesa!

Você menciona a simbologia das “bruxas” como uma metáfora para mulheres que não se curvam às regras impostas. Como foi construir essa narrativa dentro da canção?

Sempre fui fascinada pela figura da bruxa e por como ela foi usada, historicamente, para silenciar mulheres que eram apenas livres. Mulheres inteligentes, ousadas, conectadas com algo maior. Em ‘Vem Cá Dançar’, quis resgatar essa imagem como símbolo de poder — da mulher que não abaixa a cabeça, que dança com a própria sombra e ainda assim brilha. A construção da letra girou muito em torno disso, mas foi um desafio, porque eu também não queria cair no clichê e correr o risco da mensagem passar despercebida, sabe?

Créditos: Anderson Vaz

A estética visual do single traz elementos contrastantes, como a leveza das roupas e a intensidade do sangue. Como você acredita que essa escolha artística ajuda a transmitir a mensagem da música?

Queria que o visual da música causasse o mesmo impacto que ela transmite: algo bonito à primeira vista, mas que provoca um certo incômodo quando você olha de verdade. A leveza das roupas representa essa feminilidade livre, fluida. Já o sangue entra como símbolo de força, poder — das nossas vitórias conquistadas. O contraste é intencional; é sobre mostrar que ser mulher é dançar com beleza, mas também com feridas.

O single mistura pop com uma atmosfera mística e hipnótica. Quais foram suas principais referências musicais e visuais para esse lançamento?

Me inspirei muito em artistas que conseguem unir o pop com camadas mais densas e misteriosas, como Florence + The Machine. Também busquei referências no dark pop da Dove Cameron, além de filmes como The Love Witch, Sabrina e The Craft. Queria que tudo tivesse essa energia de feitiço moderno — algo que atrai, encanta, mas também provoca.

Como você vê o cenário atual da música pop para mulheres que querem abordar temas de resistência e liberdade? Ainda há barreiras a serem quebradas?

Acho que todos os cenários ainda impõem diversas barreiras para nós, mulheres — isso é inquestionável. Mas, aos poucos, estamos conseguindo subir degrau por degrau, e isso é muito significativo. Só avançamos quando nos unimos e nos fazemos ouvir. Por isso, não podemos ter medo de falar — e, principalmente, de agir!

Você mencionou que 2025 promete ser um ano de muito trabalho. O que pode adiantar sobre os próximos lançamentos e o possível EP?

Posso adiantar que vai ser algo muito divertido! Estou em um momento em que estou amando demais, e isso vai refletir bastante no EP. Ele é para pessoas que querem levantar a autoestima, mas também entender que está tudo bem se sentir pra baixo de vez em quando. Vai ser um verdadeiro mix de emoções!

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