Ransom Canyon: Por que nova série de faroeste da Netflix é melhor que Yellowstone

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Longe das grandes campanhas de marketing e dos orçamentos milionários, Ransom Canyon estreou na Netflix com uma proposta familiar, mas cheia de elementos que, desde o primeiro episódio, conseguem capturar o público.

Embora inevitavelmente comparada a Yellowstone, a nova série não tenta copiar a fórmula de sucesso de Taylor Sheridan. Em vez disso, investe em personagens com camadas e situações que equilibram romance, drama familiar e segredos locais, entregando um faroeste contemporâneo que fala com diferentes públicos.

Ransom Canyon acompanha os conflitos e alianças de três famílias em uma região rural do Texas, lidando com disputas de terra, perdas pessoais e dilemas geracionais.

A série se passa em uma cidade fictícia nos arredores de Lubbock, e à primeira vista pode parecer mais uma narrativa de pequenos dramas interioranos. Mas basta alguns episódios para que se revele como uma história com fôlego para bem mais.

Ransom Canyon

Ritmo envolvente e personagens que conquistam

O primeiro diferencial entre Ransom Canyon e Yellowstone está na forma como a série se apresenta ao espectador. Enquanto Yellowstone inicia com um ritmo mais lento e uma dinâmica centrada em John Dutton e sua família, Ransom Canyon abre o leque logo de cara. A narrativa mergulha em diversas frentes, sem perder a linha, com personagens acessíveis e relacionáveis.

Os arcos românticos, que poderiam descambar para clichê, ganham força por se entrelaçarem a tramas maiores, como o assassinato de Randall Kirkland, a corrupção envolvendo o abastecimento de água da cidade e as ambições de poder locais. É um faroeste, sim, mas mais voltado às emoções do que aos tiroteios.

Se Yellowstone foi rotulada por muitos como uma “série para pais”, Ransom Canyon mira em um público mais diverso. Sem deixar de lado os conflitos clássicos do gênero, a produção da Netflix adiciona elementos que remetem bastante ao sucesso Virgin River.

Mistérios, escândalos e competições no interior texano

No coração de Ransom Canyon, existe mais do que paixão. A série mergulha em disputas imobiliárias, sonhos universitários, rodeios e, claro, uma investigação criminal que amarra tudo isso. O resultado é uma trama que avança com naturalidade, mesmo diante de tantas frentes.

O final da primeira temporada deixa um terreno repleto de possibilidades. Com personagens em transição, segredos revelados e alianças se desfazendo, a expectativa por uma segunda temporada é alta.

Apesar das comparações, Ransom Canyon ainda não tem o prestígio crítico alcançado pelas temporadas posteriores de Yellowstone. Ambas as séries estrearam com notas medianas no Rotten Tomatoes, mas se Ransom Canyon repetir a curva de crescimento de sua antecessora, pode se firmar como uma das grandes do gênero.

A força de Ransom Canyon está em sua capacidade de entreter. Não é uma série que tenta ser mais do que é, mas também não se contenta com pouco. Os dez episódios funcionam como uma apresentação bem-sucedida de um universo narrativo que pode se expandir sem perder sua identidade.

Com um bom elenco, ambientação envolvente e um texto que respeita o espectador, a série se posiciona como uma opção interessante para quem procura dramas com substância.

Enquanto o futuro da produção depende da resposta do público, uma coisa já está clara: Ransom Canyon se apresentou com personalidade, acertou o tom e deixou a porta aberta para um segundo ano que pode consolidar seu lugar entre os faroestes contemporâneos mais interessantes da atualidade.

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